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Caieiras

Endereço: Rua Felicidade Correia dos Santos Cidade: Vitória Período: 2019 

Proposta: Ativar um trajeto com narrativas visuais e auditivas em uma rua que tem nome de mulher e é um importante polo gastronômico da cidade. Pessoas envolvidas: Liderança comunitária, donas e funcionários dos restaurantes, professores e alunos da Escola Elza Lemos Andreatta, coordenadora do Cajun, arte-educadores e seguranças patrimoniais do Museu do Pescador, moradores da Rua Felicidade, idosos e frequentadores da Praça.

Um percurso de murais na Ilha das Caieiras retrata paisagens cotidianas do bairro.

 

Entre junho e outubro de 2019, estivemos presentes na Ilha das Caieiras para aprender sobre a região e nos conectar com a comunidade local. O bairro foi popularizado no início do século XX e é considerado um dos mais antigos de Vitória. Apesar do estigma de violência e abandono, tornou-se nos últimos anos conhecido pelo seu turismo associado à atividade pesqueira e à gastronomia.

 

Nossa vivência por lá teve como produto dez pinturas distribuídas em fachadas de casas, comércios, equipamentos públicos e uma praça, além de narrativas auditivas que identificam histórias nem sempre acessadas por quem visita o bairro.

O projeto, que se deu na Rua Felicidade Correia dos Santos, repercute o papel da mulher no território e a paisagem cultural e natural do bairro.

 

O trecho Mulheres do Cais abordou as gerações de mulheres, seu legado que envolve a água, a pesca e o desfio de siri, suas formas de cuidar e existir. Está situado no Museu do Pescador e na praça ao lado.

 

O trecho Pessoas, Percurso e Paisagem valorizou aspectos naturais e culturais do bairro, a partir de uma visão histórica e cotidiana da comunidade. Está situado ao longo de 8 edificações.

Pessoas, Percurso e Paisagem

Pessoas, Percurso e Paisagem

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MULHERES DO CAIS

MULHERES DO CAIS

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Vivências

Durante a etapa de escuta e imersão, tivemos duas frentes de trabalho paralelas. A primeira foi formada por pesquisadoras em busca das narrativas e presenças femininas no bairro, a começar pelo resgate de Dona Felicidade, mulher negra que foi uma das figuras importantes para a formação do bairro, passando pelas atuais desfiadeiras de siri, pescadoras e donas de restaurantes.

Um outro grupo de pesquisa, em parceria com o curso de Arquitetura e Urbanismo da UVV, foi em busca de narrativas ligadas à paisagem cultural e natural daquela rua.

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Criação

PESSOAS, PERCURSO E PAISAGEM

O trecho Pessoas, Percursos e Paisagens, realizado com apoio do Núcleo de Estudos e Práticas do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Vila Velha (UVV), evidenciou a tradição presente no bairro, os pescadores, as desfiadeiras, os primeiros moradores, o ponto de partida das principais narrativas sobre a Ilha, as percepções condicionadas pela paisagem, os pontos de encontro e interação, o fluxo de pessoas. O percurso passa por uma escola, dois comércios e sete residências.

A PRAÇA AO LADO

Para ver o tempo passar, fazer um churrasco com os vizinhos, desfiar o siri, tirar manga, andar de bike, pintar o cabelo, para a criançada brincar ou simplesmente para atravessar. De tudo um pouco observamos como dinâmicas de uso da praça ao lado do Museu do Pescador.  No mural pintado no chão, traçamos zonas de fluxo e de 

permanência como guias para criarmos a base do desenho.

Além disso, o mural dá sequência ao tema "Águas que sustentam", retratando o mangue, a pesca e o desfio do siri.

UM MUSEU COMUNITÁRIO

O Museu Histórico da Ilha das Caieiras Manoel dos Passos Lyrio, gerenciado pela Secretaria Municipal de Cultura de Vitória, é definido como um museu comunitário, buscando envolver os moradores do entorno, tendo como foco questões como a relação deles com o mar e o manguezal, já que ele fica localizado em região tradicional de famílias de pescadores.

MULHERES DO CAIS

Apresenta o sustento e a dinâmica da Ilha, através das mãos femininas que trazem joias ancestrais. A arte foi co-criada com a artista Kika Carvalho e a equipe de produção e pintura do trabalho foi formada por mulheres.